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By Ferramentas Blog

Crepúsculo (Stephenie Meyer)

1 de jan. de 2010

Eu li. Em 3 dias dei conta das 416 páginas. Foi bom. Estava mesmo precisando de uma leitura bobinha e fácil nessas minhas férias auto-impostas. Foi divertido, principalmente levando em consideração a faixa etária para a qual o livro foi feito.

Mas eu tenho um mooonte de críticas negativas! A história é cheia de furos! E aqui começam os spoilers. Se quiser parar de ler e voltar depois, be my guest.

Edward, o vampiro lindo, """"perfeito"""", supostamente bonzinho e apaixonado tem os poderes de ler as mentes alheias (e então eu comecei a comparar tudo com True Blood, série sobre vampiros sobre a qual eu também pretendo escrever uma crítica), mas é incapaz de entrar na mente de Bella, nossa heroína bobinha. Uma de suas irmãs, Alice, também tem poderes extraordinários: pode prever o futuro. De um jeito bem convincente até. Lembra um filme com a Dakota Chatinha Fanning em que ela fazia o mesmo (e nem era tão chata). Se não me engano, o filme se chamava Heróis. Pelas conversas que tive ontem, aparentemente os poderes de Alice também não alcançam Bella. Aí todo o fim do livro perde o sentido, mas tudo bem, como essa informação só me será dada pelos livros mais a frente, não vou considerar esse furo.

Eu não vi ainda nenhum sentido para Bella ser invulnerável a poderes alheios. É só para ela se tornar ainda mais propensa a acidentes, sem que nenhum dos seus "superamigos" possa protegê-la? Então tá. Não é muito convincente, mas eu vou esperar por uma resposta. A protagonista, narradora da história, tem 17 anos, muda-se para uma cidade que odeia e vai viver com seu pai para dar mais liberdade à sua recém-casada mãe, apesar de se considerar simples e sem graça, causa furor entre os garotos do colégio, se encanta pelo vampiro, que também se encanta por ela: parece ser a comida mais gostosa na qual colocou os olhos em toda a sua existência. Bella me irrita. Ela não age como se tivesse 17, parece ter a cabeça de uma criança de 10 anos. 13, na melhor das hipóteses. A baixa auto-estima dela me dá vontade de estrangulá-la. Mas, como ler o livro estava me divertindo ainda assim, resolvi que podia aguentar isso por mais algumas centenas de páginas.

Edward, o salvador da pátria, tem obviamente mais de 17 anos, pelo menos uma centena deles, apesar de ter estacionado no tempo como todo bom vampiro. E a mente dele estacionou, também. Nos 15. E eu não achava, de início, que ele seria o namorado abusivo que ouvi falar que ele seria. Mas tem certos momentos em que ele ultrapassa o superprotetor e o aceitavelmente ciumento. Apesar da experiência que deveria carregar nas costas, parece não considerar outras hipóteses a não ser minar o próprio relacionamento. E meio que extermina a visão que as adolescentes deviam ter de um namoro, que seria de construir algo juntos, a 4 mãos. Nenhum dos dois sabe ceder nem quer aprender.

Apesar disso, e da burrada homérica da dona Bella no final, o livro foi bom, especialmente pela parte do romance. Como o digníssimo estava doente e eu o via muito pouco, podia pelo menos acompanhar o namoro dos outros. (Ainda que, mais uma vez, tenha feito comparações com True Blood.)

Não vou mencionar a parte do vampiro-que-brilha-no-escuro (é no claro, no sol, pra ser mais precisa, mas eu sempre falo desse jeito), porque ela é risível! Eu quase esqueci de mencionar, apaguei tal fato da minha mente, só lembrei por causa deste texto. Quem brilha, pra mim, é fada. A Sininho, pra ser mais precisa. Vampiros têm que ser maus e durões, ainda que sejam bons, não purpurinados. Ctrl+Alt+Delete na brilhação toda, enquanto me for possível.

Por mais que tenha me divertido, fico pensando no que o livro ensina às adolescentes: tudo bem que o namorado seja possessivo e não te deixe participar de decisão alguma do relacionamento, ele vale mais do que você, não é necessário trabalhar a auto-estima e boas aventuras nos livros acontecem porque os heróis são burros.

Deixa eu falar algo de bom agora, né? Feito Harry Potter, é um estímulo para que as pessoas tenham uma vida de leituras pós-Crepúsculo, porque, afinal, há várias outras produções de vampiros e de romance bem mais decentes e podem despertar o interesse desses novos leitores, iniciados pela série de Meyer.

A presença de Jacob Black, apesar de ainda não significar nada, parece prometer mais ação mais pra frente. E, pela minha experiência com Rowling, imagino que tanto os livros quanto os personagens vão amadurecer mais pra frente.

Não consegui "entrar" em uma personagem, como normalmente faço ao ler alguma coisa nem me empolgar tanto com a leitura a ponto de ler em pé, andando pelo quarto (tks, B. Cornwell, for Harlequinn!!). A história, no entanto, entretém, anima, gera uns sorrisos, ainda que não dê grandes apreensões quando Bella, a Boba faz as besteiras que colocam sua vida verdadeiramente em risco. O fato de não ter "encarnado" em um personagem talvez tenha causado isso. Em outros livros, ainda que soubesse que o personagem principal tivesse que continuar vivo porque vinha uma sequência por aí (S2 Thomas S2), eu tinha dores físicas na boca do estômago por causa da ansiedade.

O final convence a partir para o segundo livro, Lua Nova. Mas, não fossem pelos comentários que já li/ouvi a respeito, teria largado a tentativa no segundo capítulo do segundo livro.

* @manunajjar fez uma ótima comparação em uma de suas resenhas: Bella parece um brinquedo nas mãos de Edward.
* Eu imagino os personagens como se fosse um anime ou mangá. Não sei porque, só sei que faço. E acho melhor do que imaginá-los com a cara dos personagens do filme.


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2 comentários:

A Garota da Biblioteca disse...

Hahahaha! Quer dizer que você resolveu embarcar?

Sério, siga adiante. Depender só de Crepúsculo não te faz seguir em frente a menos que seja persistente. Muuuuito persistente. E cuidado com as versões do 4shared. A linguagem é escabrosa, tenha sempre isso em mente.

A imunidade de Bella se justifica no último livro, então isso é perdoável. E Jacob aparece melhor mais a frente. Mas um vampiro que brilha ainda é muito pra mim.

Torcendo por você! \o/

Fernanda Eggers disse...

Felizmente minha cunhada me emprestou os livros, não fico dependendo de computador e acertar na versão pra download. =) O que explica como estou conseguindo ler rápido, apesar dos afazeres.

Crepúsculo até que foi, Lua Nova é que tá descendo difícil! Hehehe! Preciso de torcida mesmo, mas estou crendo que melhora.

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