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By Ferramentas Blog

De volta à adolescência

16 de jan. de 2010

Ainda não é a resenha dos outros livros, é mais uma impressão geral da série Crepúsculo. Terminei Amanhecer nesta madrugada e o fiz com um sorriso. Me deixei levar, no meio da história, pelo meu "eu adolescente". Afinal, como disse minha mãe, todos tivemos 15 anos um dia e aquela pessoa não é diferente de quem somos hoje, só é mais inocente.

E quem não suspirou por uma paixão impossível, ainda que literária, se empolgou com um triângulo amoroso, temeu o perigo iminente - aliás, tudo podia ser perigo iminente, até chegar meia-hora mais tarde do que o combinado com os pais -, não imaginou como seria se o sobrenatural existisse?

Antes mesmo da atual febre, eu já imaginava como seria se vampiros existissem. Sim, eu tinha lido Drácula, de Bram Stocker. Assisti Buffy, a caçadora de vampiros. Vi trocentos filmes, sendo Um Drink no Inferno (com Geroge S2 Clooney) o primeiro deles. E eu fui pega pela febre de Harry Potter, o primeiro livro saiu quando eu tinha 13 anos. E imaginava como seria Hogwarts. Eu lia fanfics entre os livros, tamanha era minha sede por magia. E fui ler O Senhor dos Anéis também, me apaixonando fervorosamente pelos elfos. E tive minha dose de As Brumas de Avalon, livros devidamente emprestados da minha avó.

Na infância, eram as fadas. Eu era absolutamente apaixonada por fadas. Sabia que nada disso existia, fadas, duentes, bruxas, vampiros ou *suspiro* elfos. Mas era bom imaginar. E eu tinha meu mundinho particular, onde tudo isso existia, cada um a sua vez e tudo ao mesmo tempo. Há muito tempo que não voltava a esse mundo e acho que foi a melhor experiência tirada desses livros.

Sempre achei vampiros, de certa forma, sexies, mas assustadores. É o certo. Vampiros, mesmo quando bons, são maus. Eu vi isso muito bem em True Blood e aceitei a imagem que eles construíram sem grandes dificuldades. Então, de início, tive dificuldades em aceitar os Cullen. Mas eles foram me conquistando. A ideia dos poderes me persuadiram. Eu meio que tive que pular os brilhos cintilantes, mas gostava dos superpoderes.

Senti falta de um derramamento de sangue de verdade, que não fosse para alguém se alimentar. Afinal de contas, sou uma ávida leitora de Bernard Cornwell e quem se empolga sentindo a resistência da madeira flexionando sob a força dos braços de Thomas, a tensão da corda, a flecha bem apontada que voa com um zunido audível até seu alvo não pode ignorar que várias batalhas foram ameaçadas e não cumpridas. Ou até foram, mas não foram mostradas.

Imagina você com seu/sua beloved one, que lhe oferece a noite, tudo no ar faz promessas e, na hora, não acontece. É quase isso. E já que estamos falando nisso, também senti falta de outras descrições. Bella entra no mar com Edward, acorda na cama com plumas espalhadas por todo o quarto, todas as evidências de que o casal finalmente teve sua noite de núpcias, mas a autora nem passou por cima, só pra dizer que aconteceu. Não que eu quisesse muitos detalhes, temo que não fosse boa ideia, levando em consideração as descrições dela no primeiro livro. Mas ainda assim, não acho que dê pra passar por cima da cena toda, sabe?

Podia ser algo como fazem no cinema pra não mostrar nada indevido. A câmera, antes em primeiro plano, mostrando o beijo apaixonado do casal abre, mostra as sombras na parede, o ruído dos dois fora de cena, uma torneira visível através da porta do banheiro que foi esquecida aberta... Sei que tem jeito da literatura aprender com o cinema. Li isso ontem em Literatura e Cinema, do João Batista de Brito. E o público do livro já sabe que os bebês não vem das cegonhas. Se não sabe, já passou da hora de aprender.

Tirando esses detalhes, a experiência toda foi muito satisfatória. Terminei o livro desejando que houvesse outro, que mostrasse as coisas dali a uns 7 anos, os novos conflitos políticos/ideológicos/amorosos. Sempre tenho essa tristeza ao terminar as histórias. Fico sempre querendo que haja mais.


Imagens:
Torrid Lovers, by WillDan
The Vampire's Kiss, by morangow


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