Happy Halloween!!
O spooky post halloweenístico foi o de ontem. Porque sim, reforma é algo assustador. O de hoje vai ser algo light, ainda que praticamente +18.
Postal
Postado por Fernanda Eggers às 12:49 0 comentários
Reforma
Depois de ser "desterrada" e pedir asilo na casa do meu namorado, resolvi comentar sobre o fiasco dos fiascos que está sendo a reforma lá em casa.
Ah, eu quero um jardim de inverso decente.Com esses comentários, que se arrastaram por meses, todo mundo resolveu que sim, estava na hora de arrumar os banheiros, a cozinha e ainda dar um up no jardim de inverno. Contratada a equipe, eles nos prometem que cada ambiente levará uma semana. E a gente acredita. Afinal, é só arrancar os azulejos e colocar novos, não é? Pra instalar pia e privada, mais um diazinho, depois viria a galera que instalaria espelho, toalheiro e prateleiras e teríamos nosso lindo e novo banheiro, mais claro e espaçoso e com 2m de espelho (acredite, é quase isso...).
Os azulejos estão todos quebrados, eu acho que a gente devia trocar.
Gente, dá pra esse banheiro ser mais claro...
É. Mas eles levaram duas semanas só no banheiro social. Destrói daqui, destrói de lá, tira o balcão de mármore e... Opa! Era só colado, ó. Não precisava dar uma marretada.
Papai fica uma arara. Liga pro "responsável" que garante que vai dar um "jeitinho", vai colar ou sei lá o quê. E você acha que ficaríamos muito felizes com uma rachadura no meio do mármore, né?
Papai sai para o trabalho fumaçando, nos encontramos no dia seguinte, antes do almoço.
- Pai, você já viu as metades do mármore, como ficaram?
- Não...
- Então dá uma olhada no entulho do jardim...
(Aqui caberia um FFUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU...., mas eu soltei a bomba e entrei, deixei ele cuspir o fogo em cima de quem esmigalhou o mármore dele.) /me cruel
Aí, claro, a coisa se arrasta. Já estávamos na terça-feira da semana seguinte, o banheiro estava inutilizável e não tínhamos mais mármore. Não satisfeito, o cara resolveu arrancar a caixinha do papel higiênico. Era a coisa mais legal desse mundo, na minha concepção. Ela abria e fechava e o rolo ficava lá dentro, guardadinho, protegido de poeira e de gatos. Mas ele achou o troço feio e arrancou, apesar da insistência da minha mãe de que "deixasse essa merda aí". (Palavras posteriores e minhas, pra ele ela pediu educadamente. Talvez ela devesse ter falado assim, aí queria ver ele não deixar.)
Aí um gasto a mais nas nossas vidas, porque o mais simples e péba desses trocinhos custa a bagatela de R$150. E agora temos um rolo de papel higiênico à mercê de Tofu (para não falar de outra pessoa que deixa meio metro de papel estendido no chão), porque pagar quase mil reais por uma caixinha é impensável. (Sim, eu estou falando sério. É de ouro, por acaso?)
Mas banheiro, ao menos, tem outro na casa, né?
E cozinha, que só tem uma?
Acordo numa bela terça-feira, felicíssima da vida para ir para minha maravilhosa aula [ironic mode on], e... não tem cozinha! E tem muita, muita, muita coisa empilhada na casa! Achei que estava dormindo ainda e que era um pesadelo. Que tinha tido uma guerra, ou que a gente tinha sido expulso da casa ou algo assim. Aí lembrei que uma hora eles começariam a destruir a cozinha. Tá. Respira. Café. Café... Cadê a cafeteira?!
(Tava na minha frente, praticamente, mas abafa, que era entulho demais e eu não consigo achar meus óculos nas minhas mãos se estiver carregando mais de 3 coisas.)
Achada a cafeteira, a xícara, eu já mais calma, tentando arrumar um buraco na mesa pra ter uma refeição decente e não acho os talheres. Reviro a sala feito louca pra Lourdes chegar e me dizer que jogaram os talheres pras bandas da tv. Deve ser pq eles combinam mais com os DVDs do que com a comida, mas tudo bem. De tarde, vendo que não fazia muito sentido, trouxeram tudo pra perto dos comestíveis e bebestíveis e a coisa se tranquilizou um pouco.
Em uma semana estaria tudo pronto... NOT! Porque prazo é uma coisa feita pra ser descumprida.
3 semanas, já temos um banheiro, já temos a maior parte da cozinha... Mas claro que eles se deram ao trabalho de arrebentar o armário e estamos esperando o marceneiro, que deve ter confundido a última quarta-feira de outubro com a primeira de novembro.
Mas tudo bem. É para o melhor, estou muito calma, tudovaidarcertonofinal. Ou acho que sim. Sei que Tofu está dando todos os chiliques que eu não posso dar por ser um animal raconal e saber que um dia, ainda que - aparentemente - meses fora do prazo, isso vai acabar.
Aí chega meu pai na quinta, eu ainda no zombie mode pré-cafeína, e verifica a parede, diz que ela está fofa e que, talvez, devêssemos dar um jeitinho aqui também. Beleza.
-Semana que vem?
-Semana que vem.
Com semana que vem eu posso trabalhar. Com essa semana, nem a pau, que a imunidade caiu lindo com a TPM e eu sentia que vinha cólica por aí. Dito e feito. Saí da universidade me contorcendo, morrendo de medo de dirigir, mas era necessário. Direto pra cozinha, tomar meu remédio milagroso que me impede de dirigir máquinas pesadas (e leves, fico tão grogue que até carrinho de supermercado pode ser perigoso) e deitar na minha cama, pro terror passar.
Cadê minha cama?
A reforma no quarto havia começado.
Beleza. Mama's bedroom serve para isso.
Mas tavam quebrando tudo por lá também.
Parto eu em busca de asilo antes que fique lesa demais.
E cá estou eu, nômade e decidida: reforma sucks. O estresse não compensa. Melhor ficar com parede estufada, porta sem fechar e azulejo quebrado. Porque nunca nada será feito no prazo. Vão começar no dia errado (seja pra mais ou pra menos), vão fazer a coisa errada, vão faltar em dias que não deveriam faltar, sem uma justificativa plausível e vão entregar com, no mínimo, uma semana de atraso.
(Aí, quando estiver tudo pronto, eu vou esquecer de tudo isso e vou ficar feliz e saltitante com meu quarto novo, banheiro novo, cozinha nova e afins, pra notar, em poucos dias, um monte de problemas que não estavam ali antes de tudo começar. C'est la vie...)
Reforma
Postado por Fernanda Eggers às 12:48 0 comentários
Marcadores: aconteceu_mesmo, casa, diário, mimimi
TCC
Meu problema de pesquisa estava ali o tempo todo, eu passei a semana falando dele e... não me toquei que era o meu problema de pesquisa.
Burrice tem limite, eu sei. Mas eu sou loira e minha casa tá em reforma, mereço um desconto. =p
Dito isso, vou ali escrever em algum canto, antes que eu esqueça. (Tá na hora de comer mais peixe e carne vermelha, o negócio tá brabo!)
TCC
Postado por Fernanda Eggers às 10:39 0 comentários
Marcadores: aconteceu_mesmo, cotidiano, rapidinha
A Piscadela
A Piscadela
Postado por Fernanda Eggers às 21:32 0 comentários
Marcadores: academia, interações sociais, tapa-buraco
BTW
By the way, o caos psicológico do último post era tpm mesmo. Felizmente. Já basta o resto de depressimo/paranóico/mal-humorado crônico.
Claro que encontrar com meu orientador super-gente-boa hoje de manhã deu um up na minha vida! O cara é a pessoa mais alto astral que já conheci, dá prazer trabalhar com alguém assim. Mais uma coisa pra eu aprender, além de cinema, literatura, narratologia e afins (ó, ao menos o agradecimendo da mono tá pronto).
Falando em agradecimentos, jamais posso esquecer de B.O.B.
E vamos que vamos!
BTW
Postado por Fernanda Eggers às 20:53 0 comentários
Desabafo
O post de hoje nada tem de interessante. Estou de tpm. Ponto.
Acontece que minha tpm está tirando uma com a minha cara. Só pode. Porque eu nunca me senti um lixo tão lixo (e olhe que me sentir um lixo meio que faz parte da minha personalidade) na minha vida. Não me lembro de ter estado tão deprimida ou de ter achado tão difícil me animar. E não, eu não tenho motivo algum para ficar deprimida. E também não estou - ou não deveria estar - de cabeça vazia. Quem tá tentando escrever uma monografia, tem trocentos feeds pra ler por dia, tá tentando aprender violão e tem joguinhos para jogar nos quase inexistentes momentos livres não está de cabeça vazia. Sem contar com as pessoas ao redor, interações sociais também ajudam a preencher um pouco o tempo.
E, no entanto, até meus pensamentos de querer morrer voltaram (sim - eu passei parte da minha infância e parte da minha adolescência achando que o mundo seria um lugar melhor sem mim). Não são pensamentos suicidas. Eu não quero me matar. Nem de uma vez nem aos pouquinhos. Eu fantasio sobre mortes absurdas ou inesperadas, como ser acertada por um tijolo vindo do alto de uma construção ou escorregando e batendo a cabeça ou simplesmente não acordando. Sendo vítima de uma bala perdida (oi? em João Pessoa? Sério?) que me acertaria de um jeito fatal. O médico depois diria "Sinto muito, ela não teve chances. Ela nem ao menos sentiu o tiro. Foi imediato." Se bem que eu desconfio desse discurso. Acho que é falso e que o médico só diz isso pra aliviar a família/os amigos da vítima.
Surpreendo-me que estou escrevendo esse texto, principalmente se estiver saindo de uma forma coerente, porque eu não vou revisar.
Confesso que morro de medo de ter uma depressão de verdade. Dessas de distúrbio químico no cérebro, dificuldade em produzir ou assimilar aqueles hormônios que dão a sensação de felicidade... Os fatos de estar com dificuldade pra encontrar prazer nas coisas que normalmente me dão prazer, de encontrar motivação pra fazer as coisas que quero e as coisas que preciso fazer e a facilidade com que meus olhos se enchem de lágrimas sem motivo algum me assustam de verdade. Eu fico em pânico, com medo de, de repente, ter dado um estalo na caixola e ter revirado tudo lá dentro e eu estar doente. Também me aterroriza eu estar tão fora de controle, com vontades repentinas de chorar por nada.
Estou escrevendo uma besteirada dessas porque não consigo conversar com ninguém. Isso me tira o chão.
Mas eu estou de tpm, mais dia, menos dia a menstruação desce e essa situação imobilizante e assustadora vai passar. Vai ter que passar! Porque se não passar, todo o resto vai por água abaixo e aí eu realmente vou perder a noção de sentido na vida. E o que é que se faz com uma vida sem sentido, sem objetivos?
Desabafo
Postado por Fernanda Eggers às 21:27 2 comentários
Dramas internéticos - WiFi
Dramas internéticos - WiFi
Postado por Fernanda Eggers às 16:10 2 comentários
Marcadores: aconteceu_mesmo, internet, JP
O que você quer ser quando crescer?
O que você quer ser quando crescer?
Postado por Fernanda Eggers às 17:58 0 comentários
Marcadores: infância, tapa-buraco
Verão
Verão
Postado por Fernanda Eggers às 03:48 1 comentários
Vodca
Ele me olha assustado, levanta-se da cadeira e se afasta. Olha para mim e para o irmão.
Simplesmente tomo mais um gole do meu refrigerante, sorrio de leve e continuo a jantar.
No dia 15/10, também conhecido como próxima quinta, os Old Boys tocam no John People, na Av. Olinda, Feirinha de Tambaú. O show começa às 22h e deve ter 3h de duração, com clássicos do rock nacional e internacional das décadas de 50, 60 e 70.
Apareçam. ;)
Vodca
Postado por Fernanda Eggers às 00:03 1 comentários
São Paulo - Dia 3: Light²
Dia 1
Dia 2, parte 1
Dia 2, parte 2
Dia 3, parte 1
17.09.2009
Pouco depois de chegar da rua, a Camilla chega para nosso jantar seguido de cinema. Enquanto troco de roupa, decidimos ir ao cinema ali perto, na Joaquim Floriano, e comer numa lanchonete no meio do caminho. Seguimos pela S.Gabriel (notaram que a S.Gabriel me ligou praticamente a todos os meus passeios?) conversando sobre passados, futuros e baladas e compramos o ingresso para depois lancharmos. Gostei da brincadeira: o cinema possui poltronas marcadas, então dá para escolher o lugar e voltar só na hora do filme.
New Dog
A lanchonete foi criada em 1967 e continua no mesmo lugar até hoje. É enorme, estilo lanchonete americana mesmo, point pós-balada (a Mi mesmo me falou que sempre ia lá depois que saía com as amigas e nunca tinha se tocado de que era tão perto da casa da vovó) e comida gostosa. Ao menos eu aprovei meus caríssimos cheeseburguer com cebolas fritas e milkshake de Nutella (e só isso já explica os 32% de gordura corporal que acharam em mim na academia). Desde sempre eles têm uma maionese feita lá, ótima para comer com as batatinhas fritas.
Chegamos no horário de se chegar em lanchonetes aqui em J.Pessoa e estava quase vazia. Ainda assim, o atendimento foi um pouco lento. Mas a medida que o tempo foi passando e começaram a chegar famílias por ali, ocupando boa parte das mesas, eles se agilizaram. Apesar de caro, gostei da comida e do atendimento. Os garçons foram simpáticos e prestativos (e ainda ganhamos pirulitos junto com a conta), dá para conversar tranquilamente no local, existem opções menos engordativas e tem rede de internet sem fio, para aqueles incapazes de se desconectar. Mas falta de educação tem em todo canto, né? E tinha uma galerinha bem mal-educada e gritona na mesa ao lado.
Na hora eu, com a endorfina lá em cima de tanto castigar meu pobre cartão de crédito, não estava nem aí. Mas tenho ouvido com alguma frequência as pessoas falarem meio admiradas que S.Paulo deve ser uma maravilha em questão de atendimento, educação e gente bonita e não é bem assim. Tem de tudo. Tem muito mais coisas do que por aqui. Como é muito maior e tem muito, muito mais gente, encontramos pessoas educadas com mais frequência. E é verdade que fui bem atendida em quase todos os estabelecimentos que fui (mas ou eu tenho sorte ou sou tolerante, que em JP também raramente sou mal-atendida). Mas lá estava o povo na mesa do lado gritando. E o celular tocou no cinema. E tinha gente comendo de boca aberta. E vi gente jogando lixo no chão, a poucos metros de um lixeiro. Ces't la vie.
Jantamos, rimos, falamos pelos cotovelos (já vi que isso é genético) e fomos embora, caminhando pela noite geladinha para nosso próximo objetivo.
Os Normais 2
Queríamos assistir "A Verdade Nua e Crua", com Gerard Butler, ator que babamos, mas por motivos diferentes. Ela, porque acha lindo; eu, porque... bem, gosto da aparência dele, ainda que não o ache exatamente bonito, e gosto da atuação dele. O filme não estava disponível, então escolhemos outra comédia bobinha não-pensante. Eu estava em férias auto-impostas e, quando voltasse, assistiria um monte de filmes pensantes na universidade. Coisas leves e engraçadas para mim, por favor.
Não lembro o nome do cinema, sei que fica no mesmo prédio aonde tem uma livraria Saraiva gigantesca e linda de morrer e vários restaurantes arrumadinhos, estilosos, que pareciam bem legais e bem caros. Talvez nem fossem, mas não entrei pra perguntar.
O cinema não é novo. Claro que deve ter passado por suas reformas, mas existe ali há muito tempo. Eu, acostumada com a falta de conservação dos cinemas daqui, fiquei ligeiramente admirada com a sala de lá. Não era grande, mas tinha cadeiras muito confortáveis (!), com espaços para as pernas (!!) e cujo encosto tinha uma ligeira inclinação (!!!), o que ajuda a sair de lá sem uma dor na lombar. Assisti o filme confortavelmente, sem ficar me remexendo a procura de uma posição confortável e nem achei tão ruim pagar bem mais caro do que normalmente
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Sobre o filme: É legal! É engraçado! Eu ri bastante! Vani está frustrada com a frequência sexual de Rui (ou a falta dela) e resolve ceder ao desejo dele, fazer um menage à trois. Lá vão os dois atrás da garota ideal. Se dão mal com a prima despirocada da Vani, se envolvem com uma lutadora de kickboxing (isso tá escrito certo?), com uma francesa, um traficante, ficam presos dentro de uma banheira de hodromassagem... Para quem gosta da série, é legal. Parece um episódio extendido que eles conseguiram fazer de modo que não ficasse cansativo. E vale salientar: eles não maltrataram nenhum animal durante a filmagem e só um ou dois estagiários.
Voltamos para o apartamento da minha avó e já combinamos as aventuras do dia seguinte: a busca a famigerada calça jeans que eu não achava em canto nenhum (e olhe que passei mais de um ano procurando).
São Paulo - Dia 3: Light²
Postado por Fernanda Eggers às 13:05 0 comentários
Marcadores: aconteceu_mesmo, cinema, diário, resenha, restaurante, SP
São Paulo - Dia 3: Light¹
Dia 1
Dia 2, parte 1
Dia 2, parte 2
17.09.2009
Depois de ir dormir tarde (pouco depois da meia-noite, estava até cedo para meu padrão pessoense) vendo os twits da @lilyroseallen sobre como amou cantar em SP e compartilhando as impressões pós-show com os meus seguidores, num friozinho superconfortável, acordei inevitavelmente tarde. Não tão tarde que perdesse o café da manhã, mas não valia a pena sair do apartamento antes do almoço.
Shoestock
Liguei para meus pais. Acho que foi o segundo telefonema que fiz para casa, contando com o "cheguei bem, o avião não caiu, o táxi não me levou para conhecer a cidade nem fazia parte de um esquema de assalto e não perdi nenhuma mala". Minha mãe logo sugeriu que eu fosse conhecer a Shoestock, uma loja de sapatos que tem uns preços ótimos. Dizia ela que me arrependeria de ter gastado dinheiro na Dunes. Mas quem em sã consciência se arrepende de comprar sapatos lindos e de boa qualidade por um preço melhor do que na cidade em que mora?
Munida de informações extraídas do Google Maps, eu não saí de casa. Ainda não tinha almoçado e minha avó insistiu em conferir tudo o que o site me disse de acordo com o Guia 4 Rodas 2008.
Acontece que o site do Google é bastante confiável. Me disse todos os ônibus que eram opção para mim, mostrou tudo o que eu teria que andar, o tempo que passaria em cada parte do percurso e o tempo total da viagem. Estava super-confiante em todas as direitas-esquerdas-direitas que pegaria e tudo foi confirmado pela minha avó, que passou a gostar ainda mais da tecnologia.
Lá fui eu, então, para minha primeira aventura solo na Cidade da Garoa, com um papelzinho com as opções de ônibus anotadas e as direitas-esquerdas-direitas que teria que andar à pé.
Cometi o erro brutal de não ir de tênis, achando que facilitaria minha vida na hora de provar sapatos. Nunca, jamais, saiam para bater perna numa cidade gigantesca com calçados que podem se revelar pouco confortáveis ou que sejam novos. Big mistake.
Não esperei mais do que 5 minutos no ponto de ônibus da S. Gabriel pela minha primeira opção (mentira: segunda; o primeiro ônibus que passou, quase na hora em que cheguei, estava muito cheio e eu sou fresca, não importa se em J.Pessoa, S.Paulo ou Londres). Notei uma coisa bem interessante: na parada havia uma tela que informava quais ônibus estavam chegando e quanto tempo eles demorariam. Mais tarde vi que são poucos os painéis que funcionam, mas eles são bem precisos. Achei uma idéia muito legal e que deveria ser implementada em outros cantos. Claro que as pessoas deveriam deixar de ser vândalas e abolir a idéia de que "o que é público não tem dono". Tem dono sim, e os donos somos nós, que pagamos imposto. Os tais painéis, o mobiliário urbano, os prédios públicos, tudo isso sai do nosso bolso (quando o dinheiro não vai parar nos bolsos de políticos corruptos). Deveríamos preservar e exigir que tudo fosse mantido funcionando.
Mas isso não é post de expressar minha indignação com a falta de educação generalizada no país e sim de falar bem da minha linda viagem e preservar por mais tempo as recordações, além de me lembrar das coisas que queria fazer e não fiz.
Peguei o ônibus e vi o cenário se transformar em direção à Moema. O caminho era uma reta (ou o mais parecido possível com isso) e pedi para o cobrador me alertar da parada que deveria descer (apesar de ter o nome gigante Eucaliptos numa placa na frente do ponto...) e fiquei vendo o verde dos jardins e o coloridos dos prédios bem cuidados se transformar em cinza-concreto e preto-pichação.
Desci na tal parada Eucaliptos e entrei na Av. Cotovia. Fui andando até a Av. Gaivota e, apesar de ter anotado "entrar à esquerda", segui tranquilamente pela direita, observando as lojinhas de bijuteria e lingerie, todas muitos bonitinhas, muito arrumadinhas, muito cheias de seguranças na frente de cada uma delas e, quando acabou-se o quarteirão, numa enorme loja de roupas, e começou uma área residencial com várias casas de muro coberto de hera, me toquei que estava no canto errado.
Volta tudo e segue pela Gaivota no sentido certo até chegar na Bem-te-vi, também povoada de lojinhas, lojonas e seguranças.
De São Paulo |
A rua é ótima para quem quer gastar dinheiro, tem lojas bem legais de roupas, lingerie, acessórios e sapatos. A maior parte é de marca, mas o preço de meia-estação é bem normal. Esse período de transição do inverno para o verão sempre traz promoções. Só não tinha nada que prestasse nas lojas, mas deve ser porque não sou escrava da moda. Não achei nada unfashion, mas tinha pouca coisa bonita.
A Shoestock em si é gigantesca. Toda separada por numeração, com uma sala especial para os números 36 e 37. Segundo andar dedicado ao público masculino e terceiro andar deliciosamente dedicado a produtos em promoção! E de lá saíram duas gracinhas que já passearam bastante comigo aqui em J.Pessoa.
De São Paulo |
O atendimento da loja é ótimo. O cliente fica a vontade para passear, escolher, desescolher, experimentar, depois vai atrás de um vendedor, que faz a sua conta e você vai ao caixa pagar para depois receber. No mês do seu aniversário, 5% de desconto garantido. ;)
Voltei. Sem entrar em ruas erradas e sem me demorar muito observando a vizinhança. Camilla chegaria em instantes no apartamento da minha avó para a programação noturna.
Continua depois, que estou com preguiça de escrever...
São Paulo - Dia 3: Light¹
Postado por Fernanda Eggers às 21:35 0 comentários
Marcadores: aconteceu_mesmo, diário, sapato, SP