Eu tinha toda intensão de começar esta série falando da Velox, Net e como está impossível ter acesso a internet na minha casa. Mas esses são dramas mais sérios, me dedicarei a eles mais tarde.
Sem internet em casa, porque o serviço da Velox está um lixo e não sustenta a conexão, fui expulsa em busca de uma rede, porque sou um ser totalmente dependente do Google para fazer meus trabalhos. E para escrever bobagens e espalhar por aí. Ainda aproveitaria a saída compulsória para pesquisar sobre os serviços de internet 3G oferecidos pelas operadoras de telefonia móvel (ó como tô chique e rebuscada hoje!).
Primeira opção: MAG Shopping. Mais perto de casa, menos gente circulando durante a tarde, maior probabilidade de eu realmente estudar e trabalhar. Chego, me instalo, faço o que preciso fazer sem internet no centro de estudos do Unipê e, como minhas tentativas de me conectar à rede de lá foram mal-sucedidas, desço para o primeiro andar do micro-shopping e logo localizo a rede.
Beleza!
Me instalo, abro o navegador e... descubro que preciso consumir algo em um dos estabelecimentos para pegar uma senha que me dará acesso à internet por uma hora. Na mesma hora reuni meus cacarecos, enfiei de volta na mala e, se o dono do lugar estivesse lá, eu com certeza teria dito "Perdeu, preibói" pra ele.
De volta para o carro, naquela garagem mal-projetada (eles não pensaram no espaço necessário para abrir/fechar portas), dirigi-me ao Manaíra Shopping. Um pouco mais longe, mas aonde eu tinha certeza de encontrar internet sem fio de graça. E cá estou escrevendo esse texto.
Se no MAG eu tivesse tido acesso à internet, passaria mais tempo por lá. Certamente ficaria com fome. Uma vez que a poucos metros se encontravam dezenas de restaurantes e, na minha carteira, se encontra uma quantia de dinheiro que deve dar pelo menos pra tomar um sorvete, eu teria gastado alguma coisa ali. Podia até ser que fosse pouco, mas ora, seria algo ainda assim, não?
Outras duas pessoas se encontravam no local, com as quais discuti brevemente o assunto. Ambas estavam batendo em retirada. Uma porque tinha que trabalhar, a outra porque ficou frustrada ao descobrir que o acesso a rede sem fio não era mais gratuito. As duas acharam rídiculo (palavra de uma delas) o acesso ser pago.
Ainda comentei que ouvi falar (olha quanta precisão!) de planos da prefeitura de João Pessoa para colocar internet sem fio gratuita ao longo da Rui Carneiro. Se acontecer mesmo e der certo, eles devem espalhar essa rede aos poucos. Aí o que o pessoal do MAG vai fazer para cobrar o acesso à internet?
Eu já comentei aqui que, em São Paulo, na João Cachoeira, há banquinhos, tomadas e rede WiFi. De grátis. Na rua.
Meu sonho é que chegue o dia em que seremos que nem Londrina, que tem internet sem fio grátis em vários pontos da cidade. Aí quero ver operadoras prestarem o serviço péssimo que prestam hoje em dia ou alguém ter que pular de estabelecimento em estabelecimento para fazer algo, porque a internet pela qual a pessoa paga todo mês e com a qual conta não funciona.
