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By Ferramentas Blog

Spartacus: Sangue e Areia

1 de mai. de 2010



- Cara, você viu 300?!
- Se vi! Umas trocentas vezes! Deu até vontade de fazer algo parecido!
- Como o quê?
- Sei lá, produzir uma série para a TV...
- Será que não fica batido? Afinal, a Batalha das Termópilas foi só uma e talz.
- Ah, eu aproveito que Roma fez sucesso e encaixo. Coloco um gladiador, sei lá! Todo mundo gosta de gladiadores.
- E joga Leônidas lá no meio?
- Não, pô! O cara já morreu! A gente faz assim: usa o visual de 300, numa história que se passa na Roma antiga, trazendo um guerreiro de uma vila menor como escravo para morrer na arena, só que ele se sobressai aos outros.

*****
Eu tenho certeza (ok, não tenh;, mas para efeito de texto, eu tenho) que rolou algo assim quando Steven S. DeKnight resolveu criar a série Spartacus: Blood and Sand. Não confundir com o filme de 1960. Há um escravo de nome Spartacus que vira gladiador e lidera uma revolta, mas as semelhanças param por aí.

O que não quer dizer que seja ruim, em absoluto! Um herói lutando pela honra, civilizações antigas, gladiadores, sangue, guerra, romance (e sexo) e intrigas. É o enredo mais antigo, mais batido do mundo, mas se bem executado, acho difícil ficar ruim. E Spartacus... tandandandan! É bem feito.

Ou talvez seja o efeito de tudo aquilo junto num telão, som surround e corpitchos bonitos lutando por suas vidas. Porque tem seus pontos negativos na produção e tem um buraco no roteiro do primeiro episódio. Vou falar do primeiro. Não vou falar do segundo, que não vou fazer spoiler. But be warned.

Como conheci a série
Estava eu conversando num domingo modorrento com um amigo, @dimitribessa, matando nossos tédios e a ressaca dele com uma Coca-Cola, quando enveredamos por séries filme e afins. Eu falando das produções para menininhas. Acho que falei de Escalpo, da Vertigo. (Sim, séries, cinema e HQs: tudo a ver. Quem disser que não, apanha.) Eu não gostei. Machão demais. Mas sugeri, porque ele poderia gostar. E aí seguimos falando de produções para "menininhos" (palavras dele).

Dimitri citou a série, mas salientou que eu talvez não gostasse. E contou como era uma história dum gladiador na Roma antiga, com muito sangue, que até lembrava 300, visualmente. Aí eu digo: "Oi? Você lembra o tema da minha monografia?!" Que se segue de um: "Ah é!" e uma risada, além da promessa de trocarmos DVDs de séries.

Aí a gente esqueceu de levar os DVDs quando foi se encontrar, mas sabendo que minha mãe também gosta do gênero, já falei pra ela que disse: "Eu vi a chamada na TV, mas o povo parecia ser todo feio. Não quero ver uma série com gente feia." Eu ri. Muito! E sugeri que ela desse uma olhada na internet. E ela descobriu que o povo não era feio, se empolgou e baixou a primeira temporada toda!

Ontem à tarde, no intervalo dos estudos, resolvi dar um pulinho no quarto da minha mãe pra encher o saco dela e ela estava assistindo a série. Me joguei na cama e fiquei lá, presa pela história. De repente, pergunto sobre um fato específico, ao que ela responde: "São 12 capítulos de história, pegue a série e vá assistir."

"São quantos depois desse?"

"Esse é o último da temporada."

E eis que assisti o último episódio antes do primeiro, visto hoje à tarde.


Considerações
A história é muito interessante! Temos os lideres de aldeias da Trácia que firmam um acordo com os romanos para derrotar os inimigos da Trácia (que eu esqueci o nome) e depois ajudá-los com a invasão grega. Os romanos traem os trácios quando as aldeias deles estão prestes a serem invadidas, os guerreiros se rebelam e voltam para defender suas terras, que caem. O futuro Spartacus salva sua esposa, mas é encontrado pelos romanos, que levam os poucos desertores vivos de volta à Roma, escravizados, para morrerem na arena de Cápua. Mas o guerreiro, sem nome até então, sobrevive, recebe "misericórdia" do senador e o nome Spartacus, em referência a um antigo rei trácio, que supunha-se que lutava com igual garra.

Tem umas coisas chupadas e cuspidas diretíssimo de 300. Todo o uso de sangue, algumas vezes até desnecessário, certas paradas nas imagens, a trilha sonora!... O sangue, como o próprio título da série diz, é elemento primordial. Acho que tentaram e não conseguiram fazer dela um elemento de arte, como é a idéia em 300 - filme e HQ. No entanto, como na obra citada, até que funciona como elemento de ligação. Os guerreiros trácios também lembram muito os espartanos. Andando na neve de peito nu, a capa vermelha, o escudo redondo, a "macheza" toda. Além do quê, a cor poderia ter sido toda atribuída à Lynn Varley, colorista que trabalha com Frank Miller.
Vai dizer que não?!

Algo que gostei muito foi o efeito de transição de cenário, que dá uma acelerada na história como que dissesse "este personagem passou pelos lugares B e C antes de chegar a D, saindo de A, mas não aconteceu nada importante aqui". Ao mesmo tempo que dá uma dimensão maior ao deslocamento do personagem, poupa tempo e embeleza visualmente a narrativa.

Além de toda a guerra, cabeças cortadas, sangue, clamores por sangue e honra e violência, há as intrigas políticas e pessoais, como não podia deixar de ser numa obra que se passa em Roma. Seguindo o exemplo da série Roma, também tem cenas de sexo espalhadas pelo episódio, além da "sugestão" de libertinagem.

No mais, é uma série legal, empolgante e que, talvez, se você só viu 300 uma vez e não está analisando a obra para um trabalho de final de curso, não ache tantas semelhanças quanto eu encontrei. Bom, talvez ache, porque afinal leu meu texto - eu presumo. Se filmes como 300, Gladiador e outros do gênero, além de séries como Roma, lhe agradaram, vai por mim: Spartacus vale o seu tempo. =)

E que venha a segunda temporada!

*Imagens: [1] [2] [3] [4]
*O link [2] leva para uma resenha da série em inglês, de um estudante de história, que encontrou os mesmos elementos que eu e têm um link para assistir um episódio online.


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2 comentários:

Audaci Junior disse...

Spartacus de Kubrick e Roma da HBO me agradam! Já 300, Gladiador e genéricos de pláscicos...

Anônimo disse...

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