Traduza os textos do blog para seu idioma. Translate the blogposts to your language.
English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

Secretária eletrônica: como proceder?

26 de jan. de 2011

As pessoas compram e instalam secretárias eletrônicas para que outras pessoas possam deixar recados quando as primeiras não se encontram em casa, estão no banho, não lembram onde largaram a porcaria do telefone sem fio ou estão doentes com uma crise de garganta fenomenal, portanto simplesmente não conseguem atender o telefone.

Acontece que as pessoas que ligam parecem não gostar muito de falar com uma máquina. Poderia se pensar que tal coisa já teria sido superada a essa altura, afinal quantas pessoas não conversam com o próprio computador? Ou soltam frases para todo mundo e para ninguém no twitter? Ou ainda falam com outros, mas através de fones de ouvido bluetooth para celular que ficam invisíveis sob os cabelos, portanto parece que os usuários estão falando sozinhos.

Imagem daqui.

O engraçado é que a secretária eletrônica é mais antiga que tudo isso... Especialmente o twitter e o bluetooth. Tá, seu uso nunca foi tããão comum por aqui, mas é algo muito prático! De início eu ficava irritada com a luzinha da secretária piscando, avisando da existência de uma nova chamada. Quando ia ouvir, a gravação era apenas um tu-tu-tu de quem desligou sem dizer nada.

Outra vez, metida debaixo do chuveiro, deixo a secretária atender. A máquina atendeu três ligações consecutivas. Em todas, quem ligou ouviu a gravação e desligou sem deixar recado. Pela velocidade com que o telefone voltou a tocar, imagino que tenha sido a mesma pessoa nas três vezes.

Inicialmente, eu me irritava. Hoje, acho até graça. Porque quem se dá mal é quem liga, entende? Veja só: se for telemarketing, já me livrei. Se for engano, já me livrei. Se for trote, idem. Mas o cara/a moça do telemarketing deixa de fazer seu serviço, o enganado fica sem saber se ligou certo ou não (ou até sabe, dependendo da gravação...) e o troll tem sua brincadeira frustrada.

Além do mais, todos eles pagaram pela ligação. Assim que a máquina atende, a companhia telefônica já começa a cobrar. Como o preço é o mesmo se você deixar ou não o recado, acaba que é melhor deixar. Afinal, não terá gasto os centavos em vão! E basta dizer: "Fulano, aqui é o Beltrano. Me liga no número Tal e vamos tomar umas cervejas." Ou terminar o projeto, marcar o próximo ensaio da banda ou comparecer na reunião de amanhã. Tanto faz. A questão é que quem liga fez o que tinha que fazer de um modo mais rápido, inclusive, do que se o dono do telefone tivesse atendido.

Se for só pelo dinheiro, é besteira não deixar recado. Se for por não gostar de falar, melhor desistir de ligar pra casa, manda logo uma SMS pro celular, que resolve tudo de forma muito mais simples.


Share/Bookmark

Helena de Tróia: a falta que um revisor faz

18 de jan. de 2011

Semana passada me derreti em elogios à Helena de Tróia, de Margaret George. Continuo achando o livro muito bom, mas ele é grande, portanto facinho de achar erros. Não que eu não ache em outros. É só o que tenho visto nas Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell. Uma das minhas séries favoritas, vale salientar. Mas eu sou revisora e redatora, é meio que minha obrigação reparar nessas coisas.

Imagem daqui.
Faltou um revisor pra edição em português do livro. Há frases desconjuntadas, diversos erros de português (como sou boazinha, atrinui-los-ei à digitação), vez por outra uma vírgula ou pontuação faltando... Ok, acontece. Os livros já chegam atrasados aqui. O tradutor tem ainda que correr para transcrever para o novo idioma e, às vezes, deixa escapar alguma coisa, sim. Nem sempre vemos tudo. Se até eu apelo pra algum amigo pra revisar minhas traduções de vez em quando, quando o tempo tá apertado, vale a pena uma editora deixar de ter um revisor? Nem sempre uma única pessoa consegue fazer tudo, até porque muitos profissionais precisam pegar mais de um projeto. E nem é ganância, é pra se sustentar.

Mas os erros de português são o de menos. Faltou revisor pra Margaret George. Tem rombos narrativos no meio do livro. Tem um capítulo no início da parte dois que não encaixa em canto nenhum. Tem uma explicação muito boa para Helena ter ganho "super-poderes", mas falta explicação para o fato dela tê-los perdido. Não é que a explicação não seja convincente, ela simplesmente não existe. E, durante um bom trecho, é como se nunca tivesse existido. Não sei se os poderes ressurgem, ainda estou em 70% do livro. O danado é grande.
Edição: Sua chance de fazer uma contribuição ao mundo da literatura. Imagem daqui.

A escritora é boa, ela tem uma narrativa fluida, um bom poder de descrição e eu continuo querendo a trilogia de Cleópatra (e pensando em comprar na Amazon, que tá muito caro aqui no Brasil). Acho uma pena quando coisas desse tipo acontecem. Boa parte das histórias dos livros são remendadas mesmo, é normal. O que não pode acontecer é esse remendo aparecer.


Share/Bookmark

Os Encantos de Helena

12 de jan. de 2011

Ganhei Helena de Tróia, de Margaret George, no natal. Dei uma folheada no volume imenso, uma lidinha rápida nas páginas iniciais e não me aguentei! O livro me prendeu de tal forma que comecei a lê-lo imediatamente. Meus planos eram terminar a série O Guia dos Mochileiros da Galáxia (Douglas Adams). Falta apenas o Praticamente Inofensiva. A bela Helena, no entanto, me capturou e me carregou para seu reino.


A narrativa é em primeira pessoa e mistura História com ficção. Helena conta como é a sua vida e sua interação com os pais e irmãos desde o momento em que se entende por gente. Sem falsa modéstia, mostra-se uma garota inteligente e ótima atleta. Seus irmãos a dizem uma corredora tão boa que é comparável apenas à Atalanta.

Além das intrigas das quais fica sabendo ao ouvir o que não deve, escondida por detrás das portas, e da ganância de seu pai Tíndaro, sempre querendo obter o melhor preço desde as mercadorias comercializadas em Esparta até o dote das filhas, Helena precisa encarar as profecias que regem sua vida. Está determinada pelos deuses a causar uma grande guerra e isso a assusta.

Passa a infância e a adolescência praticamente presa no palácio espartano, usando um véu das poucas vezes em que sai. Proibida de usar um espelho ou ver seu reflexo n'água, ela assume que os pais a escondem por ser um monstro. Pouco desconfia de sua linhagem divina e sua sina: ser a mulher mais bela do mundo.

Helena de Tróia
Quando ela descobre ser filha de Zeus e seu rosto é revelado, seu pai resolve bradar aos quatro cantos do mundo que ela é a mulher mais bela do mundo. Isso lhe rende o maior número de pretendentes da história conhecida até então, um desgosto para si mesma e a atenção dos deuses - um perigo para qualquer mortal.

Na trama, Helena encontra com Perséfone, Deméter, Afrodite, Ares e Zeus, até onde eu li. (Não exatamente nessa ordem.) Os fatos já conhecidos do mito se misturam a costumes e tradições da época e Margaret acrescenta detalhes que deixam a leitura ainda mais saborosa.

A escritora realmente soube prender a atenção do leitor. Se eu já queria ler As Memórias de Cleópatra antes, agora quero ainda mais, bem como conhecer outros títulos da autora.

Helena de Tróia tem 768 páginas e custa R$ 59,90 na Saraiva. Uma busca na internet pode fornecer preços melhores. Se você lê bem em inglês, vá na Amazon. A importação de livros vale a pena, mesmo com o preço em dólar e o frete, é possível pagar menos.
Helena e Páris


Share/Bookmark

Ciclovia: casos e descasos

5 de jan. de 2011

O STTrans está fazendo campanha em colégios, para ensinar crianças leis de trânsito e bons hábitos. Aparentementemente com os adultos isso é impossível. Uma das agentes me falou que as campanhas para adultos simplesmente não surtem efeito. A única coisa que funciona é a boa e velha multa. Ainda assim, não tão bem. Na Av. Guarabira, em Manaíra, é possível ver isso. Recentemente asfaltada, e recém-tornada mão única, todo o lado esquerdo está repleto de placas de "Proibido Estacionar". E os carros estacionam. O STTrans recebe uma reclamação, vai lá e multa. Em dois, três dias, lá estão todos eles de volta.

Mas citei isso só como exemplo. A falta de educação que mais me perturba acontece na ciclovia da praia, entre Tambaú e Cabo Branco. Além dos pedestres caminhando e correndo (dos quais já reclamei), que ficam indignados quando pedimos que saiam da via, os ciclistas, skatistas e afins precisam encarar barraqueiros, bugueiros e barqueiros, que fazem de uma das faixas o seu estande particular. Montam seu tablado ou seus painéis oferecendo passeios pelo litoral, adicionam uma cadeirinha de plástico e ficam lá, alegres e faceiros, desrespeitando peremptoriamente o espaço para quem está sobre rodas não motorizadas.

Ciclovia do Cabo Branco e um senhor correndo no lugar errado. Foto de © Julio Moraes, via Panoramio.

Além de táxis e ônibus obstruindo a ciclofaixa perto do Hotel Tambaú (estes a desocupam mais rápido, já que a fiscalização ali é mais intensa), no Cabo Branco os ciclistas precisam disputar espaço com caminhões de entrega. Sem a menor cerimônia, eles ocupam a ciclovia inteira: metade dela com o próprio caminhão estacionado, a outra metade com o material a ser entregue nos bares. Infelizmente o telefone que tenho do STTrans (0800 281 1518) não funciona de celulares, só telefones fixos.

***

Estação 1, Tambaú. (via Babel das Artes)
O sistema de aluguel de bicicletas não é mais o que era. O fluxo aumentou, provavelmente por causa do verão. Não há problema algum nisso. O único problema é que não há manutenção - ou ela não dá conta. Das últimas vezes em que fui alugar uma bicicleta, as encontrei sem corrente, com o ajuste do selim quebrado, freios sem funcionar ou, simplesmente, com o destrave sem funcionar. A bicicleta não desencaixava da estação.

Os problemas foram encontrados tanto na estação 1, em Tambaú, quanto na 2, no Cabo Branco. O atendimento ao cliente (3231-4734) não estava funcionando na primeira vez em que encarei os problemas e, na segunda, a atendente parecia despreparada.

Já havia ligado para a Central antes e fizeram o registro da minha reclamação, com direito a anotar nome completo, CPF, estação e bicicletas com defeito e aviso de que um técnico resolveria o problema até o dia seguinte (e resolveu, que eu fui conferir). Desta vez, ouvi apenas um "vá para outra estação".

Espero que o número de reclamantes seja grande e que façam a manutenção necessária. O grande problema dos serviços de João Pessoa, em geral, é a manutenção. É um fator que parece ser ignorado pelos responsáveis.

Ciclovia de Cabo Branco, foto do site da Prefeitura de João Pessoa.


Share/Bookmark
PageRank
Related Posts with Thumbnails