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By Ferramentas Blog

Gijô

24 de ago. de 2009

- Boa noite. Quero uma meia-entrada e uma inteira para G. I. Joe: Comandos em Ação, na sessão das 21h20, sala 7, por favor.

- São quantas?

- O quê? Entradas? Duas. Uma meia e uma inteira.

- Uma meia, é?

A atendente analisa a carteira de estudante e olha para a cara do rapaz. Ele não se parece nada com a foto. Aí ela nota a moça ao seu lado e aceita o documento.

- Que filme? "Gijô"?

- Como?

- É "Gijô", é?

Quase dá para ver as interrogações se formando acima da cabeça do rapaz. Ele olha para os cartazes expostos na parede atrás do balcão de atendimento. A namorada também olha. A ficha dela cai primeiro. Ela fala baixinho:

- G. I. Joe. "Gijô". É esse mesmo.

Ela contém os lábios para não esboçar nem mesmo um risinho de canto de boca. Ele sorri, de forma simpática, para a atendente e lhe diz que sim, é aquele filme.

Com os ingressos na mão, vão encontrar outro casal de amigos e, aí sim, rir da confusão. O amigo então conta que passou por uma situação parecida, mas pós-cinema. Uma conhecida foi ver um filme e estava tecendo seus comentários, mas ele não entendia qual filme estava sendo comentado.

Ela, com toda a paciência, descreveu o cartaz de "Sushiní" e caiu a ficha:

- Ah! Sunshine!
******

O Filme:

G.I. Joe é uma boa opção para se divertir. Tem muita, muita ação e uma historinha, claro, porque nada se sustenta sem uma historinha.

Uma nova arma é criada, utilizando nanotecnologia que pode ser programada para fazer basicamente qualquer coisa, como corroer metais. Mas logo no início do filme vocês verão isso. O exército americano "toma de conta" (como diria um amigo) e, numa operação ultra-secreta, transporta as ogivas dubad para o futuro esconderijo.

No meio do caminho, aparecem os vilões, explodem tudo, tentam roubar as armas, dois soldados americanos que se mantém vivos tentam impedir, vemos um climinha entre a vilã e um dos soldados, a equipe G.I. Joe aparece, derrota os vilões, que vão embora sem as ogivas, mas com a clara promessa do "eu voltarei" no ar.

Os dois militares (porque acho que a patente é mais alta do que soldado, mas realmente não lembro, apesar de ter visto o filme ontem a noite) demoram para confiarem da equipe, mas são levados para a base. E então começa o pega-pega em volta das ogivas, que claro que são capturadas de dentro da Caverna, base dos G.I. Joe.

A maior parte dos exageros do filme pode ser relevada, tendo uma coisa em mente: é um desenho animado feito com gente. Colocou isso na cabeça? Ótimo! Vá se divertir! A cota de explosões, tiroteios e perseguições está garantida. Há até algum romance no meio disso tudo.

O filme não deixa espaço para qualquer dúvida sobre quem é o que e porquê é assim e tem lá suas falhas, momento em que você olha para a tela e pensa: "Ah, não. Mesmo num desenho animado não dá para engolir isso."

Mas eu não vou nem dizer quais são porque, como um todo, o filme é legal, não pára*, dá para se divertir, sim e o amor salva/cura tudo (claro, como sempre). Sem falar nas tais explosões, tiroteios, perseguições, destrições de cidade e o apelo da mulher gostosa com roupa de látex. E atenção para a participação-relâmpago especial de Brendan Frasier, que dá o ar da graça por uns 30 segundos, aproximadamente. Piscou, perdeu.

Mas confesso que eu fui ver sem nenhuma expectativa e sem nem saber direito do que se tratava, porque eu vivo com um pé no mundo da Lua e passei a vida inteira em dúvida se G.I. Joe era um personagem ou era a tal equipe militar mais foda do mundo e que, para todos os fins, não existe.




*Ainda não consegui engolir que o verbo parar não tem mais o acento que o diferencia da preposição para.



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