- Boa noite. Quero uma meia-entrada e uma inteira para G. I. Joe: Comandos em Ação, na sessão das 21h20, sala 7, por favor.
- São quantas?
- O quê? Entradas? Duas. Uma meia e uma inteira.
- Uma meia, é?
A atendente analisa a carteira de estudante e olha para a cara do rapaz. Ele não se parece nada com a foto. Aí ela nota a moça ao seu lado e aceita o documento.
- Que filme? "Gijô"?
- Como?
- É "Gijô", é?
Quase dá para ver as interrogações se formando acima da cabeça do rapaz. Ele olha para os cartazes expostos na parede atrás do balcão de atendimento. A namorada também olha. A ficha dela cai primeiro. Ela fala baixinho:
- G. I. Joe. "Gijô". É esse mesmo.
Ela contém os lábios para não esboçar nem mesmo um risinho de canto de boca. Ele sorri, de forma simpática, para a atendente e lhe diz que sim, é aquele filme.
Com os ingressos na mão, vão encontrar outro casal de amigos e, aí sim, rir da confusão. O amigo então conta que passou por uma situação parecida, mas pós-cinema. Uma conhecida foi ver um filme e estava tecendo seus comentários, mas ele não entendia qual filme estava sendo comentado.
Ela, com toda a paciência, descreveu o cartaz de "Sushiní" e caiu a ficha:
- Ah! Sunshine!
- São quantas?
- O quê? Entradas? Duas. Uma meia e uma inteira.
- Uma meia, é?
A atendente analisa a carteira de estudante e olha para a cara do rapaz. Ele não se parece nada com a foto. Aí ela nota a moça ao seu lado e aceita o documento.
- Que filme? "Gijô"?
- Como?
- É "Gijô", é?
Quase dá para ver as interrogações se formando acima da cabeça do rapaz. Ele olha para os cartazes expostos na parede atrás do balcão de atendimento. A namorada também olha. A ficha dela cai primeiro. Ela fala baixinho:
- G. I. Joe. "Gijô". É esse mesmo.
Ela contém os lábios para não esboçar nem mesmo um risinho de canto de boca. Ele sorri, de forma simpática, para a atendente e lhe diz que sim, é aquele filme.
Com os ingressos na mão, vão encontrar outro casal de amigos e, aí sim, rir da confusão. O amigo então conta que passou por uma situação parecida, mas pós-cinema. Uma conhecida foi ver um filme e estava tecendo seus comentários, mas ele não entendia qual filme estava sendo comentado.
Ela, com toda a paciência, descreveu o cartaz de "Sushiní" e caiu a ficha:
- Ah! Sunshine!
O Filme:
G.I. Joe é uma boa opção para se divertir. Tem muita, muita ação e uma historinha, claro, porque nada se sustenta sem uma historinha.
Uma nova arma é criada, utilizando nanotecnologia que pode ser programada para fazer basicamente qualquer coisa, como corroer metais. Mas logo no início do filme vocês verão isso. O exército americano "toma de conta" (como diria um amigo) e, numa operação ultra-secreta, transporta as ogivas dubad para o futuro esconderijo.
No meio do caminho, aparecem os vilões, explodem tudo, tentam roubar as armas, dois soldados americanos que se mantém vivos tentam impedir, vemos um climinha entre a vilã e um dos soldados, a equipe G.I. Joe aparece, derrota os vilões, que vão embora sem as ogivas, mas com a clara promessa do "eu voltarei" no ar.
Os dois militares (porque acho que a patente é mais alta do que soldado, mas realmente não lembro, apesar de ter visto o filme ontem a noite) demoram para confiarem da equipe, mas são levados para a base. E então começa o pega-pega em volta das ogivas, que claro que são capturadas de dentro da Caverna, base dos G.I. Joe.
A maior parte dos exageros do filme pode ser relevada, tendo uma coisa em mente: é um desenho animado feito com gente. Colocou isso na cabeça? Ótimo! Vá se divertir! A cota de explosões, tiroteios e perseguições está garantida. Há até algum romance no meio disso tudo.
O filme não deixa espaço para qualquer dúvida sobre quem é o que e porquê é assim e tem lá suas falhas, momento em que você olha para a tela e pensa: "Ah, não. Mesmo num desenho animado não dá para engolir isso."
Mas eu não vou nem dizer quais são porque, como um todo, o filme é legal, não pára*, dá para se divertir, sim e o amor salva/cura tudo (claro, como sempre). Sem falar nas tais explosões, tiroteios, perseguições, destrições de cidade e o apelo da mulher gostosa com roupa de látex. E atenção para a participação-relâmpago especial de Brendan Frasier, que dá o ar da graça por uns 30 segundos, aproximadamente. Piscou, perdeu.
Mas confesso que eu fui ver sem nenhuma expectativa e sem nem saber direito do que se tratava, porque eu vivo com um pé no mundo da Lua e passei a vida inteira em dúvida se G.I. Joe era um personagem ou era a tal equipe militar mais foda do mundo e que, para todos os fins, não existe.
No meio do caminho, aparecem os vilões, explodem tudo, tentam roubar as armas, dois soldados americanos que se mantém vivos tentam impedir, vemos um climinha entre a vilã e um dos soldados, a equipe G.I. Joe aparece, derrota os vilões, que vão embora sem as ogivas, mas com a clara promessa do "eu voltarei" no ar.
Os dois militares (porque acho que a patente é mais alta do que soldado, mas realmente não lembro, apesar de ter visto o filme ontem a noite) demoram para confiarem da equipe, mas são levados para a base. E então começa o pega-pega em volta das ogivas, que claro que são capturadas de dentro da Caverna, base dos G.I. Joe.
A maior parte dos exageros do filme pode ser relevada, tendo uma coisa em mente: é um desenho animado feito com gente. Colocou isso na cabeça? Ótimo! Vá se divertir! A cota de explosões, tiroteios e perseguições está garantida. Há até algum romance no meio disso tudo.
O filme não deixa espaço para qualquer dúvida sobre quem é o que e porquê é assim e tem lá suas falhas, momento em que você olha para a tela e pensa: "Ah, não. Mesmo num desenho animado não dá para engolir isso."
Mas eu não vou nem dizer quais são porque, como um todo, o filme é legal, não pára*, dá para se divertir, sim e o amor salva/cura tudo (claro, como sempre). Sem falar nas tais explosões, tiroteios, perseguições, destrições de cidade e o apelo da mulher gostosa com roupa de látex. E atenção para a participação-relâmpago especial de Brendan Frasier, que dá o ar da graça por uns 30 segundos, aproximadamente. Piscou, perdeu.
Mas confesso que eu fui ver sem nenhuma expectativa e sem nem saber direito do que se tratava, porque eu vivo com um pé no mundo da Lua e passei a vida inteira em dúvida se G.I. Joe era um personagem ou era a tal equipe militar mais foda do mundo e que, para todos os fins, não existe.
*Ainda não consegui engolir que o verbo parar não tem mais o acento que o diferencia da preposição para.
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