É uma tarefa difícil, parece impossível à primeira vista (à segunda também), mas acontece. É trabalho de anos! Uns 5 ou mais! U2, por exemplo, tocou horrores nas rádios nos anos dois mil e poucos (2000, 2001, não lembro direito). E a danada da banda é amada, idolatrada, salve-salve por milhões. E não importava o quanto tocasse, as pessoas sempre achavam que era pouco. E tome pedir para tocar mais.
Aí veio Tomb Raider e jogou a música nova deles, Elevation, em todas as paradas da MTV. Até nas paradas que não eram paradas. E eu, que gostava muito de The Sweatest Thing, achava o clipe a coisa mais divertida do mundo, mas não era tão fã assim da banda e não ia com a cara do Bono Vox, cheguei a conclusão de que não aguentava mais! U2 já tinha enchido, o Bono era um pé no saco e tinha uma cara muito enjoada. Decidida: não gostava de U2.
Aí, hoje, o menininho da capa do CD The Best of 1980-1990 me olha com cara de coitado e me pede para levá-lo para o carro. Foi um longo processo.
Para começar, abusou da banda, corra dela. Quanto mais você ouvir, mais raiva (ou coloque seu sentimento de aversão preferido aqui) terá. Dê uns 5 anos, no mínimo. Sério.
Passado esse tempo, associe as músicas a memórias positivas. Deixe que seu novo namorado, por quem está apaixonadinha, te leve para um show muito legal de uma banda que, dentre outras coisas, faz cover dos malditos (nesse caso, do U2) e se deixe levar.
Ainda não é hora de escutar em casa.
Dê mais alguns meses.
Se você fizer a besteira que eu fiz de dar o DVD da banda para o namorado no Natal, respire fundo e assista com ele uma vez. Preste atenção em outras coisas, sem ser na cara enjoada do vocalista. Descubra músicas que você não conhecia. Se for o caso, admita que, não estivesse abusada da banda, teria gostado da tal música.
Aí se deixe seduzir por algo que você realmente gosta e que, de repente, pipoca no palco da danada da banda. No meu caso foi uma dançarina do ventre, dançando Misterious Ways, música que eu admiti que teria gostado, não fosse Bono Vox um abusado e as músicas que já eu conhecia, muito enjoadas.
Ainda não é hora. Mais alguns meses.
Ouça o CD de músicas aleatórias deixado na sua casa por uma amiga. Sim, ela, como boa parte de seu círculo social, gosta da banda. Se tanta gente ao seu redor não gostasse e não ouvisse com frequência, você não teria abusado de forma tão drástica, não é mesmo? Ok, talvez os professores de inglês também tenham lá sua influência, tocando direto as músicas mais famosas em exercícios para estimular os alunos (um grande FAIL para eles neste momento). Voltando. Lá, entre aquele popzinho de vocal feminino e um tunts-tunts de balada, está mais uma música relativamente desconhecida para você. E ela é animada, está sozinha ali no meio, até que dá um caldo.
Você, então, descobre uns duetos entre o vocalista dessa banda e o/a vocalista de outra, que, por acaso, você gosta muito. "Olhaí... When the Stars go Blue é ouvível, é bonitinha, não é tão abusada. E, oras, não há como estragar When Love Comes to Town, o nível de incompetência teria que ser muito alto."
Hora de ouvir, por si só aquelas ilustres desconhecidas apresentadas por amigos solícitos que querem te convencer de como tal banda é maravilhosa. Ouça uma, duas vezes (não seguidas!) e deixe para lá. Não tem problema algum se perdeu os arquivos em .mp3 na última formatação do seu computador nem há para que baixar de novo.
Num belo dia de sol, de muito bom humor, se preparando para sair, vá checar os CDs dos seus pais. Pegue um de uma banda que você gosta e não ouve faz tempo e... Olha só este CD daquela banda que, há 2 anos, eu não aturava. Será que já aturo? É importante que isso seja feito quando você sabe que a viagem será agradável e confortável. Senão volta o abuso, a raiva e tudo mais.
Certas músicas, no entanto, estão perdidas para sempre. Infelizmente... ou não! Eu continuo sem fazer questão alguma de ouvir With or Without You, mas já não gostava da música antes de encher o saco da banda.
Claro que isso não vale para tudo, eu ainda não consigo nem olhar pros nomes da maior parte das músicas de Aerosmith.
Aí veio Tomb Raider e jogou a música nova deles, Elevation, em todas as paradas da MTV. Até nas paradas que não eram paradas. E eu, que gostava muito de The Sweatest Thing, achava o clipe a coisa mais divertida do mundo, mas não era tão fã assim da banda e não ia com a cara do Bono Vox, cheguei a conclusão de que não aguentava mais! U2 já tinha enchido, o Bono era um pé no saco e tinha uma cara muito enjoada. Decidida: não gostava de U2.
Aí, hoje, o menininho da capa do CD The Best of 1980-1990 me olha com cara de coitado e me pede para levá-lo para o carro. Foi um longo processo.
Para começar, abusou da banda, corra dela. Quanto mais você ouvir, mais raiva (ou coloque seu sentimento de aversão preferido aqui) terá. Dê uns 5 anos, no mínimo. Sério.
Passado esse tempo, associe as músicas a memórias positivas. Deixe que seu novo namorado, por quem está apaixonadinha, te leve para um show muito legal de uma banda que, dentre outras coisas, faz cover dos malditos (nesse caso, do U2) e se deixe levar.
Ainda não é hora de escutar em casa.
Dê mais alguns meses.
Se você fizer a besteira que eu fiz de dar o DVD da banda para o namorado no Natal, respire fundo e assista com ele uma vez. Preste atenção em outras coisas, sem ser na cara enjoada do vocalista. Descubra músicas que você não conhecia. Se for o caso, admita que, não estivesse abusada da banda, teria gostado da tal música.
Aí se deixe seduzir por algo que você realmente gosta e que, de repente, pipoca no palco da danada da banda. No meu caso foi uma dançarina do ventre, dançando Misterious Ways, música que eu admiti que teria gostado, não fosse Bono Vox um abusado e as músicas que já eu conhecia, muito enjoadas.
Ainda não é hora. Mais alguns meses.
Ouça o CD de músicas aleatórias deixado na sua casa por uma amiga. Sim, ela, como boa parte de seu círculo social, gosta da banda. Se tanta gente ao seu redor não gostasse e não ouvisse com frequência, você não teria abusado de forma tão drástica, não é mesmo? Ok, talvez os professores de inglês também tenham lá sua influência, tocando direto as músicas mais famosas em exercícios para estimular os alunos (um grande FAIL para eles neste momento). Voltando. Lá, entre aquele popzinho de vocal feminino e um tunts-tunts de balada, está mais uma música relativamente desconhecida para você. E ela é animada, está sozinha ali no meio, até que dá um caldo.
Você, então, descobre uns duetos entre o vocalista dessa banda e o/a vocalista de outra, que, por acaso, você gosta muito. "Olhaí... When the Stars go Blue é ouvível, é bonitinha, não é tão abusada. E, oras, não há como estragar When Love Comes to Town, o nível de incompetência teria que ser muito alto."
Hora de ouvir, por si só aquelas ilustres desconhecidas apresentadas por amigos solícitos que querem te convencer de como tal banda é maravilhosa. Ouça uma, duas vezes (não seguidas!) e deixe para lá. Não tem problema algum se perdeu os arquivos em .mp3 na última formatação do seu computador nem há para que baixar de novo.
Num belo dia de sol, de muito bom humor, se preparando para sair, vá checar os CDs dos seus pais. Pegue um de uma banda que você gosta e não ouve faz tempo e... Olha só este CD daquela banda que, há 2 anos, eu não aturava. Será que já aturo? É importante que isso seja feito quando você sabe que a viagem será agradável e confortável. Senão volta o abuso, a raiva e tudo mais.
Certas músicas, no entanto, estão perdidas para sempre. Infelizmente... ou não! Eu continuo sem fazer questão alguma de ouvir With or Without You, mas já não gostava da música antes de encher o saco da banda.
Claro que isso não vale para tudo, eu ainda não consigo nem olhar pros nomes da maior parte das músicas de Aerosmith.
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