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By Ferramentas Blog

A tumultuosa relação cliente-empresa

1 de set. de 2010

Eu ia fazer um post por semana, só, pra ver se mantinha o blog atualizado com frequência, sem grandes sumiços, mas sem grandes atropelos pra achar tema. Afinal toda semana acontece algo. Já escrevi o post sobre cartões postais essa semana, mas achei por bem falar de um assunto muito, muito chato.

Estava dando uma olhada no Facebook da Mari Boop (@mari_boop), porque acabei de descobrir que ela será uma futura mamãe (Parabéns, moça! =D ) e me deparei com uma situação surreal. Ok, não tão surreal assim. No ano passado, o blog Resenha em 6 foi atacado pelo pessoal de um estabelecimento após uma resenha negativa (recorde-se da história). Eu nunca achei que agressividade fosse resposta certa para crítica negativa.

E eis que um bar daqui de João Pessoa faz o mesmo com a Mari, após ser criticado pela falta de organização e seriedade na parceria de eventos. Só não foi em blog, foi ofensa pessoal em twitter mesmo. Sabe quem eu acho que está perdendo com isso tudo? O bar em questão. Como não estou a fim de trollagem aqui no blog, não citarei o nome, mas já falei dele aqui.

O bar parece não se preocupar em manter clientes e parcerias. O caso da Mari Boop foi só um de vários. Tenho outros amigos com histórias negativas dali. Eu tenho histórias negativas dali. Aqui não falo da questão estrutural do bar - que é quente pra caramba e a solução foi colocar vapor d'água, que vai mofar o teto dentro de muito pouco tempo.

A Mari organizou eventos lá e reclamou do resultado final. A resposta do responsável pelo twitter foi ofendê-la (e à gramática também). Outra amiga minha reclamou para o dono do atendimento e sugeriu que fossem contratados mais garçons. Os próprios funcionários compartilham da opinião dela. O resultado foi uma série de impropérios proferidos pelo dono. Este mesmo dono, antes disso tudo, já chegou para o BF, na minha frente, com sugestões de lugares para "pegar mulher" em outro estado pelas minhas costas, mostrando respeito zero por mim como cliente, como pessoa, como namorada, pelo meu relacionamento e, ao meu ver, também não mostrou grande respeito pelo BF, ao assumir que, porque é homem, é infiel. Deixou claro que o próprio relacionamento dele não vale de grande coisa. Querendo ou não, tais atitudes refletem no negócio.

O dono de um estabelecimento precisa demonstrar respeito e educação com os clientes e parceiros. É a marca de uma pessoa segura, estável, próspera, que sabe o que está fazendo. Se o cliente faz barraco (o que não foi o caso, acredito, mas é comum acontecer), é uma coisa. Uma businessperson, pessoa de negócios, precisa manter a calma e resolver a situação de forma pacífica e racional. Transparece solidez, maturidade e conta pontos positivos para futuros negócios.

E mesmo uma crítica negativa, uma esculhambação, pode ser positiva. É ver o que pode melhorar e fazer tal melhoria. Ou ignorar solementente se a esculhambação não tiver razão de ser e seguir adiante. Peguei esse caso para comentar, mas o fato é que acontece demais! Tá, às vezes não dá pra ignorar o xilique alheio, mas por causa disso vai xilicar também? Até tem hora e lugar, mas não como representante de uma empresa. É, amigo... Bar é empresa. Boate é empresa. Até puteiro é empresa e todos tem uma reputação a zelar.

O cliente pode não ter sempre razão, mas é ele quem sustenta o negócio. E é bom fazê-lo voltar. Eu vou na mesma padaria todo dia. Não é o pão mais gostoso nem o mais barato da cidade, mas é certamente o mais simpático. Eu volto porque sou sempre bem atendida. Mesmo que não seja com um sorriso de orelha a orelha (afinal, todos tem direito ao mau humor), sempre são educados comigo.

A crítica aqui vale pra muito bar, pra muita loja, muito profissional autônomo, que agem como se estivessem fazendo um favor em existir. Não é assim que funciona. Parece que esse povo não gosta de ganhar dinheiro! Vou repetir: gente feliz é gente que volta. E pode até ser que da última vez não tenha sido a melhor das situações. Acontece que, se o histórico for bom e, no caso de uma reclamação, ela for acolhida do jeito certo, haverá retorno.

Há clientes e clientes, como já disse. Tem um café muito fofinho no Cabo Branco (do qual só tenho uma reclamação, mais para mim mesma do que outra coisa: nunca sei os horários de funcionamento) no qual estava dia desses e uma senhora na mesa ao lado resolveu reclamar que a empada estava fria. Ao invés de chamar a moça e dizer, educadamente, que gostaria que esquentasse da próxima vez, ela praticamente gritou, de forma ríspida. A garçonete, graciosamente, se aproximou, ouviu, pediu desculpas pela empada, de forma muito educada e veio servir o nosso café. O marido da senhora, que já estava com vergonha, só faltou abrir um buraco pra se enterrar e puxá-la junto com ele e nós ficamos satisfeitos de estar num lugar que trata bem um cliente, até um desarrazoado como esse. (A garçonete do Café Poético é um amor de pessoa, vale salientar e recomendar o lugar.)

Eu gostaria muito que todos fossem como os atendentes do Pão do Bessa e do Café Poético (a galera do Café Banana Lounge também é exemplo), mas sei que é pedir demais. Um pouco de educação e respeito, no entanto, não é. É direito nosso e obrigação deles.

Desculpem o post enorme, mas eu estava precisando de um desabafo do gênero faz tempo e esse "causo" pessoense na minha timeline meio que foi a gota d'água. Voltaremos à programação normal de não ter uma programação normal. =)


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